Chapada Diamantina: sonhando acordada
Dia 3 de julho, me perguntaram qual palavra definia melhor a viagem à Chapada (Diamantina), não tive a chance de responder, mas se tivesse diria que é "sonho".
Pois a viagem acabou e eu mal consigo acreditar que ela aconteceu, mal consigo acreditar que existam vistas tão bonitas, dias tão gostosos...
Lá, escalar cada pedra era uma conquista e a natureza que nos cercava era nossa recompensa; lá, cada dia era único e cada lugar mágico.
No topo de cada morro, pude ter a sensação de liberdade que a cidade nunca me permitiu ter; em cada cachoeira gelada pude me sentir mais viva; em cada informação dita pude me sentir mais rica e em cada amigo feito pude me sentir mais acolhida.
Cada dia fazia tudo valer à pena e até os momentos que poderiam ser considerados mais monótonos se tornaram animados e divertidos, porque viajar pelo Colégio é assim e não há espaço nem para se sentir cansado, a alegria contagia cada um; porque viajar pelo Colégio é nunca se sentir sozinho.
Hoje até de cair eu sinto falta; sinto falta de falar com as rochas; sinto falta da água escura que deixa o cabelo liso; sinto falta de cada pessoa que fez - mesmo que minimamente - parte destes dias.
A Chapada foi um dos melhores sonhos que já tive, mais que isso, foi um dos poucos que vivi acordada.
Lara Aguiar Cunha