Criações Literárias 2016

Lançamento no dia 9 de novembro, no Ginásio de Esporte.
03/11/2016

A Música Popular Brasileira é tema do Criações Literárias 2016. Um belo encontro da música com a literatura.

O livro reúne a produção poética de alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. O prefácio é de Erwin Schrader, professor do Instituto de Cultura e Arte / UFC e Doutor em Educação Musical.

O Criações Literária será lançado no próximo dia 9 de novembro, no Ginásio de Esporte.  

Selecionamos um poema de cada série, uma pequena mostra do talento dos nossos escritores. 

Em anexo, a lista com todos os autores. 

 

O AMOR

O céu e o luar
Que tenha de iluminar
O amor no coração
Na mais bela noite
De verão

Na beleza dela então
Já não sabe responder
É mais bonita que uma rosa
Só ela poderia ser
Naquela noite então
Saberia se ela ia me
querer, se aceitaria minha mão e o
meu coração
Naquela bela noite então

Por que vivemos?
Por que sonhamos?
E como nós somos?
Onde vivemos?
O que nós sabemos?
O que seremos?
Onde teremos tantas respostas?
Só há uma aposta.

Davi Serra Martins Pinto – 6º H

 

AMOR SILENCIOSO

Fico com isso na minha mente
Quero expressar meu sentimento
Sendo que, por mais que eu tente,
Dentro de mim, não aguento.

Eu tento falar com esse mundo
Ele pede para esperar
Eu tento ir mais profundo
Já tento logo me declarar

É melhor ficar tranquilo
É melhor eu me acalmar
Para não cometer um “vacilo”
Para eu poder amar.

Eu ainda não tenho idade
Não preciso me apressar
Por enquanto é amizade
Só depois vou namorar.

Guilherme Alexandria de Queiroz – 7º A

 

FAVELA

Lugar de trabalhador
Lugar cheio de alegria
Mas também é lugar de dor
As ruas da periferia.

As crianças a brincar
São interrompidas pelo medo
Que pistolas ao dispararem
Acertem-lhes bem ao peito.

Mas há um brilho no olhar
De quem ainda tem esperança
De viver em um lugar
Que exista segurança.

Lívia Paiva Gurgel e Silva –8º A

 

HETERONÍMIA DAS PESSOAS

Às vezes pode ser você
Às vezes pode ser eu
Às vezes pode ser cristão
Às vezes pode ser ateu

A heteronímia das pessoas
O mundo pode mudar
Ou pode mudar apenas
O seu lar e bem estar

Pode haver João na escola
Pode haver Marcos agora
Esses todos vão brilhar
Se suas identidades ninguém espalhar

Há pessoas diferentes
Com pensamentos resplandecentes
Para que ignorar
Se o exemplo você seguirá?

As pessoas são como heterônimos
Diferentes e escondidas
Há também mesmo aquelas
Que são um pouco mais tímidas
Mas isso não vai impedir
Que o tímido não tenha sucesso
Pois uma coisa que não combina
É timidez e retrocesso

Júlio César Luz Gomes da Costa – 9º H

 

POR QUE AINDA MORAS EM MIM?

Por que ainda bates na porta da casa da qual te expulsei?
Não és mais bem-vindo em meus pensamentos
Por que não deixas meu coração ouvir a razão?
Ainda bate forte ao lembrar os nossos momentos
Por que minha saudade ainda te pertence?
Disseram-me que ela retornaria com o tempo
Por que minhas lágrimas ainda se destinam a ti?
Achava-me livre deste tormento
Tudo porque sabes que mesmo abandonando o mundo
Ainda vives dentro de mim.

Julia Bahú Aguiar – 1º B

 

O ARAU (ISLÂNDIA Nº. 2)

Farfalhou-se em meus dedos
Um arau de bico laranja,
Cujas asas calejadas
Nem mal bater conseguiam.

E eu cuidei dele por breves minutos
No frio cortante de um inverno escuro e solitário.
Sentia só o seu bico cavando cada vez mais fundo em minhas mãos
E um tremido constante: o frio da Islândia lhe açoitando.

O arau era pequeno e estava fraco,
Mas eu já havia lhe visto pelos céus
Descrevendo uma parábola deliciosa
Frente aos ventos e às nuvens sombrias islandesas

E ele se viu, e eu o vi agora:
Fraco e inibido,
Procurando esconder seu rosto
De um sibilo de realidade.

Mas o arau aqueceu-se em minhas mãos, que fiz só estar lá,
E vi sua pequena cabeça saltar
E seu corpo acalmar-se.
Eu e o arau assistimos ao show das geleiras de Jökulsárlón.

Logo, logo, o pássaro esticou-se e levantou voo.
Mergulhou no mesmo lago e levou consigo um peixe para comer.
O arau voou para longe e cortou, graciosamente,
A primeira porção de Aurora que beijava as terras Islandesas naquela noite.

Tomás Gonçalves Grieser - 2º Ano D

À SANTA CECÍLIA

Ó bem-aventurada Santa Cecília,
Do jardim dos mártires, bela flor!
Teu exemplo é luz que brilha,
E que nos enche de santo temor.

Ó bem-aventurada Santa Cecília,
Nas perseguições permanecestes de pé,
És virgem: Sem filho nem filha,
Mas mãe de muitos na fé.

Tu, que a Deus amastes fielmente,
Por defender a verdade foste condenada
E, ao golpe do machado, expiraste docemente

Assim Tua vida neste mundo se encerra,
Mas sabemos que agora adoras plenamente
Aquele que já adorava aqui na terra.

Filipe Correia Carmo – 3º B

 

 

 

 

Notícias Relacionadas

Camisa Vencedora da Votação.
Os alunos votaram e elegeram pelo site o modelo de camisa predileto.
A viagem acontecerá de 25 a 29 de junho.
Uma manhã de sábado dedicada à promoção da saúde, à integração, à alegria.