Futebol que Educa

Futebol que Educa

Futebol que Educa

21/09/2012

É com grande satisfação que testemunho aqui a relevância do projeto Copa do Mundo Santa Cecília, torneio de futsal infantil organizado pelo Núcleo de Esportes do Colégio Santa Cecília, e que envolve toda a comunidade escolar de forma festiva, integradora e educativa.
Tenho um respeito especial pelo evento, que entrou no calendário oficial da minha família em 2010, num momento em que o Zeca evidenciava sinais de dificuldade de adaptação em seu primeiro ano na escola. A participação dele na Copa daquele ano foi um marco decisivo na socialização e integração ao novo espaço, um divisor de águas.
E não foi uma simples coincidência. Acompanhando o projeto de perto, é fácil perceber o caráter educativo por trás das partidas disputadas. Percebo um momento de confraternização, que oportuniza novas amizades para crianças e pais; percebo educadores transmitindo ensinamentos de respeito ao colega, trabalho em equipe, dedicação, disciplina; percebo crianças aprendendo a conviver com frustrações, buscando acertos, mas se permitindo a erros; percebo pais disponíveis e integrados à comunidade escolar, treinando, torcendo e incentivando seus filhos. É sem dúvida um ambiente de competitividade, mas pautado em muito respeito e educação.
A partir do ano passado, o projeto foi ainda mais enriquecido com a espetacular iniciativa do álbum de figurinhas. O movimento de praticamente todos os alunos do ensino fundamental, nos pátios da escola, colecionando e trocando figurinhas com seus lindos e sorridentes rostinhos impressos, é integrador por excelência. “Tu tem eu?”, “Eu te ganhei repetido.”, “Tu já se tem?” são exemplos de expressões que vão sendo ditas de um para outro, quer já se conheçam ou não, integrando, socializando, relacionando. É o exercício literal da expressão “trocando figurinhas”, utilizada como sinônimo de troca de ideias, debates, bate-papos.
Atualmente, a Copa de Mundo já mexe significativamente na rotina de toda a minha família. Eu e minha esposa – e mais tios, avós, padrinhos – somos compelidos a reduzir parte de nossas atividades para acompanhar os jogos, e até trocar figurinhas juntos, mas fazemos com muito prazer, exercitando nossa missão de pais educadores e participativos. Este ano tenho dois filhos participando do torneio, Zeca e João, que felizmente, como estão em grupos distintos, não se enfrentam em nenhuma partida.
Pelo aqui exposto, é impossível não utilizar este espaço para parabenizar aos idealizadores e organizadores do evento, e o faço na pessoa do Professor José Carlos, que através de falas como “nós não somos técnicos de futebol, somos educadores” transmite toda credibilidade educacional do projeto.
Parabéns ao colégio e boa sorte aos atletas. Encontraremos-nos por lá.
Não basta ser pai...
 
Crisóstomo Frota
Pai dos atletas Zeca Mattos Frota (4º ano EF) e João Mattos Frota (2º ano EF)