As muitas versões do Gato de Botas

O personagem veio compor a contação de histórias na aula de Português do 5º ano.
09/07/2020

Imagine se deparar subitamente durante as aulas remotas com aquele gato fanfarrão que é um ícone das histórias infantis? O Gato de Botas invadiu as aulas de Português do 5º ano durante a contação de histórias, reunindo a um só fôlego literatura e teatro.

A professora de Teatro e coordenadora do Núcleo de Arte, Andrea Piol, deu vida ao bichano ilustre para também contar uma história, só que de um ponto de vista diferente. O recurso de dar vida a um personagem tem em essência a possibilidade de se colocar no lugar do outro, um dos principais objetivos dessa aula de Português.

“A presença do Gato de Botas tinha o objetivo de instigar no aluno a possibilidade de ele próprio deslocar o personagem para outros pontos de vista, outros referenciais. A criança também traz isso na sua essência, na brincadeira do faz de conta. Quando a gente mescla as linguagens desta forma, misturando literatura e teatro, causa nela a empatia, no sentido de estimular o exercício de se colocar no lugar do outro”, observa Andrea.

Além de ser muito divertido, como ressalta o aluno Luis Henrique Calife: “Na aula de Português, uma surpresa aconteceu, tia Andrea Piol apareceu. Contou a história do Gato de Botas e alegrou a sala com a sua atuação. No final da aula, ela deixou que fizéssemos algumas perguntas sobre a história. Foi a maior animação”.

No teatro, o lugar da empatia é muito valorizado porque o ator, ao interpretar um personagem, não deixa de ser ele mesmo, mas traz em si a compreensão de como o outro pensaria, agiria, essa riqueza valiosa de poder brincar de ser o que quiser e compreender as diferenças.  

“Foi muito interessante porque o Gato de Botas, que é visto como espertalhão, veio em sua defesa ressaltar que ele sempre foi um bicho de estimação, que foi herdado de pai para filho, nessa relação de amizade com seu dono. Isso fez com que os alunos falassem da relação com seus bichinhos, mostrando-os e trazendo suas próprias referências”, celebra a professora.

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