Ir. Elda

08/07/2016

Uma brecha na agenda atribulada para uma conversa sobre a vida. Sala organizada, planilhas sobre a mesa, o telefone aos berros. Antes da entrevista, ela opina ao seu modo sobre a situação de um aluno, pondo a humanidade à frente dos cálculos matemáticos.

A nova Diretora Administrativo-Financeira do Santa Cecília não é propriamente uma novata. Longe disso. Entre idas e vindas, já vão quase 20 anos de Santa Cecília. Irmã Elda Maria de Arruda, uma pernambucana de Surubim, conhece bem cada canto desta Escola.

Ela foi coordenadora de turma, há pouco tempo esteve à frente do Serviço de Orientação Religiosa, já foi a tantas Viagens Pedagógicas, agora abraça o novo desafio com serenidade, austeridade e alegria. Fortaleza é, sim, a sua casa, embora tenha passado por outros lugares dentro e fora do País.

Graduada em Pedagogia, com especialização em Administração, suas leituras diletas agora transitam sobre questões financeiras, de gestão administrativa, inovações... Sempre gostou dos números, desde os tempos em que, ainda meninota, cuidava do caixa do comércio do pai, seu grande parceiro, que a entendeu como poucos, que apoiou  suas escolhas e se despediu deste mundo agarrado à sua mão.

Aos alunos, Irmã Elda oferece a sua escuta atenciosa. Ela sabe bem das dores do mundo, dos vieses que a vida nos traz. Perdeu um irmão muito cedo, amigos de infância, viu a prosperidade do pai desaguar com as crises do País, ajudou-o a se reerguer, trabalhou para se manter em Recife, bancou os próprios estudos, emendou um turno de trabalho no outro...

A opção pela vida religiosa é um exercício de abnegação e desapego. Nada fácil, escolha sujeita a desistências e retornos. A inspiração encontrada nos ensinamentos de São Francisco de Assis fez a jovem Elda logo cedo optar pelos pobres. Nunca se furtou de limpar ferimentos de tantos desvalidos que cruzaram seu caminho e abriu mão da vaidade exacerbada e dos confortos da vida em família, casa grande, mesa farta, festas ao alcance da mão.

Tempos idos. Em 2015, Irmã Elda celebrou seus 25 anos de vida consagrada. Ela é dessas religiosas que não veem o tempo passar, não veem porque o passar dos anos é só um modo de afirmar suas convicções, a escolha da educação como caminho de dedicação e de evangelização.

São muitos os desafios de quem toma pelas mãos a tarefa de educar. Seja de pé no chão, na missão de evangelizar com alegria crianças e adolescentes nos projetos do SOR; seja por trás dos cálculos e planilhas complexas da contabilidade. Irmã Elda transita entre um universo e outro com sabedoria capaz de contagiar a todos nós.

Fonte: Revista Interatividade

 

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