Há quem pense que as aulas de Educação Física devem ter menor importância no currículo escolar. Grande engano. A diversidade de conteúdos que se aprende em uma boa aula de Educação Física pode render ensinamentos para toda a vida.

O professor de Educação Física do Ensino Médio, Tony Pereira, vem trabalhando na 4ª etapa, no módulo “ginástica escolar”, as alterações fisiológicas que acontecem com o corpo durante a atividade física. Para tanto, ele ensina como medir a frequência cardíaca, lições preciosas que podem revelar um bom condicionamento físico ou mesmo indícios de patologias cardíacas que devem ser observadas.

Os alunos passam por uma avaliação, de acordo com parâmetros internacionais, que se inicia com o corpo praticamente em repouso, passando por uma nova medição dos batimentos após caminhadas, até uma avaliação final que é feita depois da corrida. “O objetivo é também sensibilizar os alunos, fazer com que compreendam a importância de fazer uma atividade física regular. É isso que garantirá um coração mais forte”, explica Tony.

Durante as avaliações, é possível até detectar alunos com problemas que precisam de acompanhamento médico e nem faziam ideia. “Eu percebo, ao longo de anos de experiência, que os adolescentes adoecem com muito mais frequência e isso se deve também ao sedentarismo. Na avaliação de resistência aeróbica, em média, só 10% dos alunos do Ensino Médio estão no patamar adequado de condicionamento físico. Isso é generalizado”, diz o educador físico.

As aulas de Educação Física trazem uma excelente oportundade para sensibilizar, esclarecer sobre a importância de “investir”, para se envelhecer com qualidade.