O sertão vai virar rima
Os pais vão chegando ao auditório. No caminho, pequenas lembranças de um Ceará diverso, um território que fala a linguagem sertaneja.
Terços, potes, xilogravuras, santos, copos de alumínio, bacias e muitos cordéis dependurados em uma corda que lembra um varal.
Famílias a postos, as crianças chegam. Ali, na coxia, relembram as suas falas, seus versos. O nervosismo se mistura a uma alegria de ter chegado até ali.
O projeto - desenvolvido pelas professoras Carolina Pontes, Leudenora Diógenes e Cheiliane Soares - tem um colorido com jeito e sabor da terra, das pessoas, dos costumes e dos hábitos de um povo sofrido, mas lutador.
No palco, xilogravuras são projetadas, presentes também nos cordéis das turmas, que contaram com a participação especial da professora de artes, Isabella Bedê, que trabalhou com alunos do 5º ano essa arte tão característica do sertão.
Os alunos cantam, declamam, riem, se emocionam... Resultado de meses de trabalho no projeto.
Na saída, todos eufóricos. Os alunos querem falar mil coisas que a língua portuguesa não consegue dar conta. As famílias tentam registrar fotos e vídeos, o difícil é juntar essa meninada que saltita de alegria.