Nunca tinha visto o encerramento da SICE da arquibancada. Ali, do alto, pequenos detalhes fogem ao olhar. Fica o conjunto.
Os ex-alunos e a equipe técnica corriam como formiguinhas. Uns limpavam, outros trocavam os cenários, equalizavam som, luz... Ufa! Deram ao espetáculo profissionalismo, deixando o palco livre para os artistas brilharem.

A banda, com um repertório variado, trouxe charme. Um espetáculo a mais. O ponto alto foi o mix entre o rock e o clássico, ao melhor estilo André Rieu.

Nos números das séries, muita disciplina. Com ótima coerência aos temas, figurinos irretocáveis e criatividade para esbanjar, os alunos foram do "Ne me quitte pas" à música baiana, passando pelo rap e tantos outros ritmos. Tudo para apresentar à plateia as diversas viagens pedagógicas do Santa Cecília.

Todos mereceriam, mas somente um ganhou o lugar mais alto na dança. Concordei com o jurado. As crianças nos emocionaram com sua teatralidade e dramaticidade, catapultaram-nos à alegria e fecharam com a simpática banda de pífanos. Digno dos textos de Shakespeare, fizeram-nos chorar e rir. Leves, não precisos, até desengonçados, entraram sem o compromisso de serem os primeiros. Divertiram-se. O patativa voou.

Os alunos do terceiro ano, vestidos como crianças, deram o toque emocional à apresentação dos veteranos. Apontaram o caminho para os que virão nos anos seguintes. Um adeus ao tempo que não voltará jamais.

Houve também retrospectiva, campeão geral, vibração da torcida, protesto, ação solidária, discursos. Ao final, a quadra fervilhava. Vencidos e vencedores. Astros e anônimos. Todos se misturavam entre risos e choros. Para mim, o melhor do espetáculo. A vida pulsava.

Em 2013, vinte e cinco anos de SICE. Preparemos nossos corações.

Ivan do Carmo Guimarães

Coordenador de Comunicação do Colégio Santa Cecília.