A festa da família
Um circular de todas as idades: adolescentes à porta recebiam os amigos que chegavam em conversas animadas, entre fotos e abraços; crianças corriam em pequenos grupos; pais, avós, tios e toda a família deixavam claro a felicidade que continha aquele momento; educadores admiravam a beleza, a juventude e a energia que exalava daqueles jovens concludentes; os astros da noite circulavam com seus modernos longos e ternos, dando um ar de um ciclo que se encerra. Olhando para trás, já havia se passado 15 anos. Cada um tinha uma história para contar de alegrias, desafios, superação e conquistas. Cada um sabia o valor daquele momento.
Segue-se um ritual de apresentação um a um: aplausos, gritos, apitos e toda a sorte de barulhos para dizer: amamos você.
No telão, as fotos quando criança e as de hoje denunciavam esse caminho percorrido. Vieram as homenagens, discursos, valsa... na tentativa de prolongar uma emoção que não conseguia caber em uma só noite.
Em cada mesa, uma plaquinha indicava o concludente e sua família, como ilhas que se ligavam em um grande arquipélago.
A banda, então, apresentou o seu eclético repertório. Em determinado momento, todos os concludentes subiram ao palco numa espontânea coreografia de um hit do momento. Aquele gesto confirmava os donos da festa, os donos do momento, os donos da própria autonomia, dos quais agora só seria cobrado um assumir maior de um novo caminho a percorrer, sabendo os valores que foram cultivados nos anos de convivência.