Rostos moldados pelo gesso, exercício de compor e depois retirar as máscaras. Nas aulas de filosofia do professor Gilvandro Pereira, o Projeto Máscaras da Personalidade é um convite à reflexão: fazer com que o aluno descubra o seu lugar na sociedade, seu papel na família, para a partir daí trabalhar o conhecimento estabelecido ao longo da vida.

“O objetivo inicial é trabalhar dois dos principais núcleos de convivio de nossos alunos, família e escola”, explica Gilvandro, que propõe, como exercício prático, moldar os rostos com gesso. “A principal finalidade é mostrar que na vida, assim como no teatro, somos personagens e que a nossa atuação depende muitas vezes das máscaras que usamos, na qual não nos é possivel viver sendo o mesmo personagem a vida toda. Mais cedo ou mais tarde, devemos parar e pensar quem realmente somos e encarar as dificuldades de frente, sendo nós mesmos, com defeitos ou dádivas”, afirma o professor de filosofia.

As aulas geraram reflexões variadas dos alunos. Para Arthur Barbosa (8ºC), “a personalidade é o que define o caráter da pessoa, o que ela é.” Ciro Moreira (8ºC) entende que ”a simbologia da máscara se liga ao termo personalidade porque quando você a usa, esconde seu verdadeiro eu e pode ser quem você quiser”. 
Letícia de Medeiros (8ºC) foi sendo conquistada pelo projeto aos poucos. “A máscara foi feita com o objetivo de você olhar para ela e ver quem é de verdade ou o que finge ser, algo que não é, na verdade. No começo, eu não via isso, detestava o fato de ter meu rosto coberto por gesso molhado e achava desagradável, mas então percebi como é dificil se deixar moldar e também como a autoestima pode afetar minha personalidade.”