A conversa com Pedro Pinheiro é cercada de uma simplicidade contagiante. Os resultados em Medicina, na UECE e Unifor, e as expectativas da segunda fase na Unicamp no mesmo curso e no ENEM não tiram o semblante tranquilo de Pedro. Ele se despede do Colégio Santa Cecília depois de 11 anos, um lugar onde se sente bem, inclusive nos momentos mais tensos como os dias que antecederam o ENEM. O clima entre colegas e educadores é sempre de companheirismo. 

Da infância, ele guarda na memória os Projetos de Evangelização e já sente falta do Centro de Evangelização Nova Betânia, onde foi muitas vezes, primeiro como aluno e depois como monitor. “Você sempre sai desses projetos mexido, mudado de alguma forma. Esta Escola me ajudou muito a ser quem sou hoje”. Ao falar dos educadores, mais um traço de sua gentileza, ele não cita nomes para não esquecer ninguém, pois foram muitos os que marcaram a sua formação escolar. 

Pedro sabia desde cedo que o seu destino seria a carreira médica e nem mesmo uma pandemia, o isolamento, a falta da convivência social o desviaram de sua meta. Ele foi aprovado em Medicina na UECE, Unifor, aguarda a segunda fase da Unicamp e o ENEM. “Sempre gostei de estudar em casa, sozinho, o que facilitou um pouco em relação a essa falta de convívio. Claro que foi preciso toda uma adaptação, foco e muita disciplina. Conseguia estudar, mas sentia muita falta de estar com meus amigos e professores”, conta.  

A maratona de provas trouxe autoconhecimento. Era abrir as provas com um certo nervosismo e depois submergir nos conteúdos. A pandemia deixou ainda mais evidentes as suas escolhas: “Só serviu para me dar mais certeza do que eu queria, pela importância da profissão. Quando todos se isolam, o médico continua a trabalhar porque é essencial cuidar das pessoas. Não sei o que esperar, mas quero muito que aconteça, que comece”.