A Alegria dos Encontros

A Educação Infantil criou uma série de episódios para dialogar com as crianças sobre o momento vivido.
03/09/2020

Olhar a criança na sua singularidade. Ouvi-la. Colocar-se diante dela considerando seu modo de entender as mudanças e a vida. A Educação Infantil do Colégio Santa Cecília compreendeu, desde o início da pandemia, que seria fundamental estabelecer uma comunicação direta com as crianças. E assim tem sido. Com a série “A Alegria dos Encontros”, nenhum tema envolvendo autocuidado, isolamento, prevenção, retomada passou desapercebido. 

“A princípio, queríamos comunicar, lá no comecinho da pandemia, que estávamos distantes, mas que iríamos nos encontrar virtualmente e que seria uma surpresa diferente e maravilhosa”, explica a professora Nayana Barreto, uma das roteiristas da série, que surgiu mais recentemente, com a preparação para o retorno presencial.

A equipe pedagógica criou o projeto que abre espaços de discussão e escuta sobre o momento atual vivido: o vírus, a pandemia, o isolamento social, a escola experimentada de uma forma diferente, o que sentimos, o que pensamos e como podemos enfrentar tudo isso. Desse modo, nascem os episódios de “A Alegria dos Encontros”. “Foi tudo pensado por nós, utilizando uma linguagem infantil, mas não ingênua, porque mesmo as crianças muito pequenas têm uma visão de mundo e o percebe vivenciando de maneira diferente”, observa Nayana. 

A série traz uma narrativa com temas escolhidos cuidadosamente e compreensíveis para as crianças. As linguagens são diversas, com jogos, contação de histórias, vídeos, mural colaborativo, músicas, paródias. Os personagens principais são duas crianças, a Lila e o Guto, que são alunos do Colégio Santa Cecília e também estão tendo encontros virtuais. Eles expressam o misto de sentimentos que é comum ao universo infantil. Além deles, os personagens são a professora, os colegas e a família. 

Para dar vida à dupla Lila e Guto, dois alunos da Escola, uma menina e um menino, narraram as falas. “Sempre que escuto as vozes, me pego sorrindo. É um timbre inconfundível, legítimo, próprio das crianças, e é o que mais dá vida aos personagens”, empolga-se Nayana. Concepção e criação tiveram a participação de vários setores da Escola, como Pedagógico, Tecnologia Educacional e Comunicação. Um dos episódios contou com a ilustração de duas alunas, no intuito de deixar essa narrativa mais próxima e valorizar a produção artística das crianças. 

“Esse projeto reflete muito a nossa concepção de infância. Acreditamos que as crianças são produtoras de cultura, capazes de produzir arte das diversas formas. Elas têm capacidade imaginativa para solucionar e enfrentar problemas, escutar e produzir diálogos. Os resultados aparecem em cada reação, no envolvimento que elas têm a cada episódio apresentado. Aqueles personagens já fazem parte da vida delas. Assim, encaramos a realidade com leveza, responsabilidade, cuidando-nos e prontos para o retorno”, celebra a professora.

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