O labirinto da arte

17/01/2017

A arte nos arrebata do cochilo das ações repetidas para o qual os nossos hábitos teimam em nos empurrar.

A arte nos conduz a sentimentos e percepções que temos guardados em nosso corpo.

A arte nos adoece e nos leva à morte do conhecido, do já sabido, do já dominado, do já vivido.

A arte nos mata e, no milagre da vida, faz-nos renascer.

Nesse labirinto da arte, podemos esbarrar com os musicais.

Já estive algumas vezes no musical O Fantasma da Ópera, obra não muito convincente de Gaston Leroux e que ganhou magia no talento de Andrew Lloyd Webber. Nunca fui o mesmo, aquele musical sempre provoca o nascimento de uma nova pessoa. O enredo se passa na Ópera de Paris, mas mexe comigo porque traz os dramas, as tramas e os sentimentos contraditórios do coração humano. Sempre me emociono, deixo-me morrer e renascer um pouco a cada vez.

Assim acontece com a Bela e a Fera. Somos arrebatados pelo amor impossível, improvável entre a leveza e a rudez. Encontramos em nós mesmos as belas e as feras que lutam na nossa vida para subir ao palco.

E, como são as boas coisas da vida, esbarrei no musical Ceará Show. Olhando cuidadosamente para cada personagem, corpos negros, mestiços, diversos, sensuais, poéticos e ingênuos, vi a mim mesmo como povo, como gente, como parte de uma história que falava da minha gente, de qualquer gente, pois trazia os nossos sentimentos guerreiros, aventureiros, ousados... sentimentos que, como um vírus, estão ali esperando para contracenar com o público.

Assim é a arte, realizada com alma, com talento, com energia e pulsação: vital.
O musical Ceará Show merece o nosso aplauso, de pé... Merece como poucos o nosso: iiiiiiiii (vaia cearense)!

Ivan Guimarães – Gerente de Comunicação
 

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